Me fiz terra ao longo do caminho
e em flores me tornei, então;
mas a falta do humano carinho
para tratares esse generoso chão,
me fez espinhos a sufocar
a cada dor vinda da tua mão...
E as brechas, rasgadas, dilaceradas...
destroem a pele em que te permiti viver!
São marcas duras... desesperadas...
deste planeta, que não queres ver...
e do deserto que fizestes em mim,
num andar insano rumo ao desaparecer
que, como um cego, segues assim,
direto ao abismo do teu próprio ser!
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