Sempre que se menciona inteligência emocional, percebe-se uma reação de restrição, como se esta simples menção remetesse a terapias complexas ou conceitos psicanalíticos; no entanto, nada mais é do que um conjunto de percepções, descodificações e administração racional, emocional, espiritual e física.
A primeira percepção necessária para iniciar uma sequência comportamental de inteligência emocional é a identificação das emoções primárias, que sempre nos levam a agir irracionalmente, nos levando consequentemente a uma situação de desconforto, arrependimento e até dor. Essas emoções são aquelas que se identificam com nossa parte animal, são emoções viscerais. Ignorá-las não é a solução já que estaríamos tentando não ver algo que existe; sufocá-las faria com que fatalmente elas explodissem em alguma brecha psicológica - isso sem considerar que essas duas alternativas são, nada mais, nada menos, do que mentiras que aplicamos a nós mesmos. Não é inquietante?
Bem, diante disto resta a alternativa mais viável e inteligente: aprender a administrá-las! Isso parece complicado? Talvez, a princípio, sim, mas, creiam, torna-se de uma simplicidade de acessibilidade que até nos perguntamos por que não fizemos isso antes.
Para começarmos esse processo, o primeiro passo é a identificação dessas emoções e o que representa para nós, realmente, senti-las e todas as implicações que isso acarreta em nós e, para isso, vamos pensar sobre elas. Isso pode ser um fato novo, mas totalmente necessário.
É preciso entender que as emoções primárias ( ódio, raiva, mágoa, ciúme, inveja e tantas outras desse tipo) fazem parte de nós, seres humanos, e sempre farão: o que devemos fazer é não tentar iludir-nos e negar isso, mas sim identificar cada uma delas, senti-las de modo a que isso não afete mais ninguém além de nós, e , depois, decidir se queremos continuar a senti-la ou não. Donos dessa decisão, então, vamos avaliar se o objeto desse sentimento merece que nós passemos por isso ( porque ninguém nos faz passar por nada que nós não permitamos) e aí, gradativamente, vamos colocando todos os nossos bons sentimentos ( perdão, compreensão, paz, amor etc) em ação para colocar a situação no seu devido lugar - com emoções mais claras e amenas...Façamos isso por um determinado tempo, eliminando rancores, dores, etc pouco a pouco deixando esses bons sentimentos se expandirem ( isso requer esforço continuado e firme) e chegarem até o motivo do problema e poderemos, finalmente, vê-lo com clareza e entendê-lo como o que ele é, uma grande oportunidade de aprendizado que, certamente, nos tornou mais ricos e sólidos em nossa trajetória.
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