fig. 1
Esse símbolo representa a busca do Deus interno, aconchegado no âmago do ser, presente em cada segundo desse caminho, aguardando a chegada do homem, com passos firmes de certeza absoluta,na plenitude da Consciência Espiritual.
No Egito, a idéia de Deus passa a ter uma representação maior no externo do ser - onde adquire imagens e necessita de rituais de adoração para que a ação Divina emane do físico, alcance a Mente de Deus e retorne ao plano físico. O símbolo é, então, a cruz de Ansata (fig. 2) que integra a vida material e a espiritual, respectivamente, o braço reto e a alça da cruz – o corpo físico como parte totalmente integrada ao corpo espiritual, um proporcionando ao outro a possibilidade da compreensão, do crescimento e do entendimento. Através do físico, o homem aprende e prepara -se para a vida espiritual; e o espiritual nutre, desenvolve e ascende a criatura através da compreensão da sua finalidade física e da percepção da presença de Deus em todas as coisas que compõem essa realidade física.
fig. 2
Quando surge, com o desenho baseado nas cruzes da época das Cruzadas e se reafirma em torno de 1530, a cruz de Malta, com suas oito pontas significando as forças centrípetas do espírito, que o levamem direção ao centro, onde se encontra o âmago de Deus. Representando a integração do Deus interno e o Deus externo, mostra a fisicalidade do homem de braços abertos e a as oito pontas da cruz como a força espiritual que envolve essa fisicalidade mantendo-a unida pelo coração, através do Amor, ao centro da cruz.
fig. 3
Nos dias de hoje, diante do desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da globalização na comunicação, Deus adquire um claro caminho como Ser integrante e integrado ao homem e a tudo que envolve o plano físico e espiritual, fazendo parte da vida cotidiana e tornando ao homem cada vez mais consciente do Amor Divino. A representação dessa integração concretizada na fig. 3, onde a base menor caracteriza o humano comum, que, diante da disseminação de informações espirituais e possibilidades de crescimento oferecidas nos dias atuais, chega a um caminho de amplas opções (base maior). A partir daí, o caminho a seguir é mais longo e seletivo, pois todos os passos têm de ser respaldados por uma escolha sincera, um desejo indubitável, uma meta clara e uma vontade ferrenha. Esse caminho individualizado em direção a ascensão espiritual, o ápice da figura, levará ao encontro total do homem com seu Criador – o Deus interno e externo vivenciado em toda a sua realidade etérea na Consciência Cósmica do homem.
fig. 4
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