Ainda ouço no ar...
tão claro, como a acontecer:
o sorveteiro a chamar,
a primavera a florescer
e um circo na praça a chegar...
ainda lembro seu jeito
tão inocente de olhar,
com um leve trejeito
de ter vergonha de amar...
a infância que não retorna...
mas guarda todo o lembrar,
com a pureza que adorna
o primeiro amor a aflorar!
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