Ela não conseguia entender a razão real para o desentendimento entre eles... tudo começara porque ele dissera que precisava de um tempo para contar a sua família sobre eles; e tudo sobreviera em um crescente... pequenas coisas eram motivo para discussão. E os poucos momento roubados em que se encontravam escondidos eram desperdiçados dessa forma!
Naquele dia, ela não suportava mais, precisava de uma definição por parte dele.
Encontraram-se no meio da clareira entre o cais dos barcos e a floresta, nas terras do pai dele.
Quando ela o viu, correu para ele; abraçaram-se, beijaram-se e ela achou que tudo estava bem!
Mas ele a olhou de um jeito estranho e a acusou de estar pressionando-o... que ela tinha de respeitar a vontade dele de aguardar o momento certo.
Momento certo? Há muito ela ouvia sempre isso!
Não, não suportaria mais... ela levanta-se da pedra onde estava sentada e grita para ele que não quer vê-lo nunca mais! Ele responde com palavras ásperas sem sequer tentar acalmá-la... ela se volta e corre para longe dele sem se voltar para trás.
Ele a olha se distanciar como quem não acredita no que estava acontecendo.
Nesse momento ele sente a presença estranha nas suas costas... volta-se e vê o homem mal encarado com a arma apontada para ele.
Recebe o tiro sem nem sequer sentir a dor...
No último instante de lucidez de seu cérebro estupefato, ele pensa que ela se voltou e fugiu porque tinha visto o homem com a arma e nem tentara avisá-lo... ela o matara!
Após atirar, o homem foge. E a mulher que estava escondida no mato sai correndo e gritando: ele chegou depois que ela se voltou, quando ela já estava correndo! Ela não o viu! Ela não o viu!
Mas os ouvidos dele já não ouviam mais.
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