Sunday, March 1, 2009

Assim




Assim eu te encontro...
Imerso no espaço do não existir,
ausente de luz, mergulhado na deformidade,
sufocado pela omissão.
E te vejo tombar sobre o asfalto frio,
como o suave som de um eco distante,
adormecido em tons de um antigo pranto...
perdido no vazio de uma saudade,
que ecoa nas paredes de um velho coração!
E te pergunto:
Onde morreu tua verdade?
Em que universo se perdeu tua canção?
Em qual asfalto esfacelaram teu coração?
E te vejo fugir,
ao implacável medo de tuas vozes,
ao pobre apelo de tua dor,
a simples lembrança de tuas imagens!

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