Junto-as, afago-as, jogo-as sobre as linhas com o desejo a arder os sentidos...
Levo-as à harmonia, à integração total com o pensamento, o querer... assim, sem pressa... sentindo tomar conta de mim o prazer inebriante de vê-las se unirem em frases...
E vejo-as, palpitante, lânguidas, entregues... a traduzir em sons e grafia todo o amor, todo o desejo, toda a posse de pensamentos, sentimentos, anseios...
Percebo-as, assim, entregues em minhas mãos...
E, em pleno êxtase da criação, eis que surge!
A expressão concretizada, a rima realizada...
O poema, enfim!
Perplexa e encantada ante o milagre que deu forma e som a sentimentos e emoções, sinto que, por um único e efêmero momento, toquei Deus com a ponta de meus dedos!
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