Saturday, December 20, 2008

ECOLOGIA 2 – A ironia da consciência

Diante de nossa arrogância e prepotência como seres humanos que, tendo um cérebro privilegiado e sendo a raça dominante, sempre achávamos que poderíamos nos tornar os senhores e possuidores da natureza... mas os resultados de nossas atividades científico-técnicas que supostamente nos tornariam os dominadores aclamado.nos tornaram simplesmente a mais nefasta escória do planeta.

Eis que surpreendentemente nos deparamos com aquilo que mais temíamos: nossa espécie é produto da integração com o meio ambiente, dependemos do planeta para viver e o planeta depende de nós. A natureza que pensávamos estar a nosso dispor e a quem nunca perguntamos como reagia ao nosso progresso, cuja sutileza e profundidade de atividades nossas atividades conscientes nunca entenderam nem tentaram entender.

E diante dessa realidade que enfim assumimos que o planeta é nosso habitat mas nunca será nosso domínio indiscriminado – há limites de respeito mútuo e de normas de convivência imprescindíveis que, se rompidas, o custo é a pena de morte, tanto da raça como do planeta.

E para apaziguarmos nossa consciência criamos ações zoneadas sem um método e um embasamento de visão global, como certas ironias como nossas soluções incompletas tais como:

- para protegermos o meio ambiente da poluição causada pelo uso da gasolina, cerca de 20 milhões de carros brasileiros já utilizam o etanol, vários postos de gasolina já o comercializam um bio-diesel que tem soja em sua composição – e a Amazônia está com feridas cada vez maiores criadas pelo desmatamento ferrenho que abre largas extensões de culturas de soja. Desde 2003, 70.000 km de floresta foram sacrificados em benefício da soja...

- empresas que degradam o ambiente mostram através da publicidade um mundo idealizado, uma visão maquiada e distorcida que reafirma um controle técnico da natureza e substitui a realidade e permite a continuidade dos modelos de exploração atuais...

Fazemos uma opção real pela saúde do planeta, mas escondemos com ataduras as feridas que só seriam curadas se uma parte significativa de nossas prioridades econômicas fossem equilibradas e adaptadas a essa nova realidade.

No comments:

Post a Comment